Armários azuis faz referência ao móvel em que Marguerite Duras afirma ter esquecido os manuscritos de seu livro A dor [“La douleur”], publicado em 1985, mas escrito em algum momento incerto após o fim da Segunda Grande Guerra. "Quando teria eu o escrito, em que ano, em que momento do dia, em que casa? Não sei mais nada. [...] Como pude escrever essa coisa que não sei nomear e que me apavora quando a releio? Como pude abandonar esse texto, por tantos anos, nesta casa de campo inundada regularmente no inverno?” Marguerite Duras
A editora é pensada como um projeto artístico e se destina a publicações realizadas a partir de documentos de arquivos (pessoais, familiares, geracionais, nacionais, transnacionais) que contenham vestígios de esperanças extraviadas ou de violências que aguardem alguma forma de reparação. Integra o projeto de pesquisa de Leila Danziger, desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj.